O eixo intestino-vagina é um termo relativamente novo.

29/07/2022

O eixo intestino-vagina é um termo relativamente novo. Esse eixo também é muito importante, pois tem consequências no corpo todo. Podemos observar isso quando mulheres relatam episódios de candidíase ou vaginoses, que interferem no comportamento alimentar como compulsão por carboidratos e doces; alteração de humor como irritabilidade, alteração de ph estomacal, aumento de cortisol e inclusive culminar em permeabilidade intestinal e outras doenças decorrentes.

O ambiente vaginal é caracterizado por um ph mais ácido, contém mucina, proteínas (globulinas e albuminas), enzimas (lisozimas e lactoferrinas), carboidratos e ácidos graxos. Também tem a presença de 90% de Lactobacilos como o L. crispatus (essencial para fertilidade), L. gasseri, L. rhamnosus, L. jensenii, L. plantarum. A diversidade de bactérias no canal vaginal é menor que a diversidade de bactérias no intestino.

As funções da microbiota vaginal são: produzir ácido lático, acidificar o meio (diminuir o ph para prevenir o desenvolvimento de bactérias nocivas); produzir peróxido de hidrogênio, que permite a destruição de bactérias patogênicas; aderir à mucosa vaginal para evitar a fixação de patógenos; produzem bacteriocinas, substâncias antimicrobianas que inibem o crescimento de certas bactérias, como Escherichia coli e Gardnerella vaginalis; estimula as defesas imunológicas.

Os fatores de desequilíbrio da microbiota vaginal são: antibióticos e uso de anticoncepcionais; cigarro; disbiose intestinal; estresse porque enfraquece o sistema imunológico e favorece infecções; umidade; calor; desidratação; secura vulvar; condições de higiene; sabonetes íntimos inadequados; menstruação; gravidez; menopausa; modificação da microbiota vaginal pela quantidade de estrôgenios, sendo menos estrogênios, menos lactobacilos.

Referencias:

PMID: 27492695; 32071434

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