Entidades pedem apoio da DPE-RR para reivindicar melhorias na saúde pública O documento com 102 assinaturas foi entregue por meio eletrônico

04/02/2021

O documento foi encaminhado para a Defensoria Pública com a assinatura de 102 entidades

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Preocupados com a crise sanitária pública do estado de Roraima nos últimos anos, várias entidades da Sociedade Civil Roraimense e Organizações do Brasil resolveram enviar uma nota conjunta para os órgãos de Justiça. O documento com 102 assinaturas foi entregue, por meio eletrônico, à Defensoria Pública do Estado (DPE-RR) no fim da tarde desta terça-feira (2), solicitando medidas urgentes para o enfrentamento da Covid-19 e suas variantes em Roraima.

Tendo em vista o aumento expressivo do número de casos confirmados de coronavírus e a superlotação de leitos nos hospitais, a nota conjunta sugere o retorno do funcionamento integral e fiscalização do Hospital de Campanha para tratamento de pacientes infectados em situação grave. A alternativa poderá minimizar o maior colapso da saúde pública, além de garantir leitos aos pacientes que aguardam na lista de espera por cuidados intensivos hospitalares.

Outro ponto recomendado é a continuidade do auxílio emergencial, já que o auxílio se tornou uma fonte socioeconômica fundamental para famílias mais vulneráveis, muitas vezes sendo a única fonte de renda, no ano de 2020.

A transparência de dados e o compartilhamento de informações sobre o cenário pandêmico na capital, nos municípios e nos territórios indígenas, também são ações solicitadas pelo documento, que visa esclarecer à sociedade a real situação das condições médicas para tratar as pessoas acometidas pela Covid-19.

De acordo com os representantes da Sociedade Civil Roraimense, é necessário ocorrer uma intervenção no governo e seus setores, em especial na Secretaria de Estado da Saúde de Roraima (SESAU), para que emitam informações transparentes, claras e periódicas em relação ao estoque de oxigênio, leitos normais e de UTI, equipamentos, vacinação, e das medidas que estão sendo adotadas para evitar o descontrole na área da saúde.

O defensor público-geral, Stélio Dener, elogiou o ato coletivo pelo controle social e afirmou que o ato reforça ainda mais o trabalho desenvolvido pelos órgãos de atuação da Defensoria. “Muitos dos pedidos elencados na nota já foram acordados entre a DPE-RR e o estado, inclusive, foram amplamente divulgados na mídia”, frisou.

Ainda conforme Dener, a Defensoria trabalha em ações efetivas para a fiscalização correta do processo de imunização no estado, para evitar casos de fura-fila, e controlar a disponibilidade de leitos nos hospitais, entre de outras medidas. “Nossa instituição trabalha em ações que beneficiam a população mais vulnerável, pois é essa parte da sociedade é a que mais sente todo o caos gerado pela pandemia. Apoiamos iniciativas desta natureza, vindas da Sociedade Civil Roraimense, porque estamos em um período em que é necessário unir forças para combater os estragos causados por esse vírus”, afirmou.

ENTIDADES: O coordenador das Pastorais Sociais da Diocese de Roraima e da Rede Eclesial Pan-Amazônica-Roraima, irmão Danilo Bezerra, da congregação Marista, atuou na elaboração e motivação na coleta das assinaturas da nota conjunta. “Unimos forças para demonstrar nossa preocupação com o bem-estar da população e tomar medidas que possam reverter o quadro crítico que tende a piorar se não houver articulação política e de todas as organizações sociais necessárias. Esperamos que a Defensoria caminhe ao nosso lado na luta pelo combate à Covid-19”, reivindicou.

Danilo salientou que tem acompanhado com esperança a atuação da Defensoria e seus desdobramentos no diálogo junto ao estado. “Muito bons os acordos firmados entre a Defensoria Pública Estadual e o Estado de Roraima. Uma vitória. Vamos ficar acompanhando de perto esta situação, fazendo assim o controle social e a incidência política”, enfatizou.

O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Roraima (DCE-UFRR) também integra o time de organizações que compõem a nota conjunta encaminhada para a Defensoria Pública e aponta como fundamental a participação de núcleos estudantis como agentes pró-ativos em políticas públicas e ações de suporte para a população durante o período de pandemia. “Participamos da causa porque, além dos muros da Universidade, nós continuamos sendo uma organização que se preocupa com as demandas sociais”, a chefe de comunicação, Luiz de Lucas.

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