Estácio e Engenheiros sem Fronteiras vão elaborar projeto de condomínio familiar para venezuelanos
06/01/2021
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Uma das metas dos imigrantes ao entrar no país é trabalhar para conseguir o sustento de suas famílias. Mas alguns encontram aqui o desejo de continuar e construir seu futuro e seus filhos em solo roraimense.
E quem consegue um trabalho, logo pensa em ter uma casa própria. Foi o que aconteceu com um grupo de famílias venezuelanas que juntaram suas economias e adquiriram terrenos no conjunto Pérola, e lá vão construir o primeiro condomínio para 21 famílias de imigrantes. Eles compraram quatro terrenos no bairro.
Uma parceria entre a Pastoral da Criança, o Escritório Modelo de Arquitetura e Engenharia da Estácio da Amazônia, e a ONG Engenheiros sem Fronteiras foi firmada para garantir a essas famílias que a construção das casas tenha um acompanhamento técnico e especializado, seguindo a legislação brasileira.
De acordo com o professor Rodrigo Ávila, da Estácio, o objetivo principal é que o projeto atenda as necessidades dos futuros moradores do local, além de garantir a elaboração do projeto arquitetônico, o registro do imóvel e, posteriormente, a construção das casas.
“Muitas famílias de baixa renda tendem a construir suas residências sem o acompanhamento técnico, o que leva a construções irregulares, levando a casas insalubres e que não respeitam a legislação urbanística. Ao apoiarmos essas iniciativas através do Escritório Modelo da Estácio, além do viés educacional aos nossos alunos, estamos promovendo que o projeto respeite a legislação, urbanismo e, principalmente, qualidade de vida da população carente”, ressalta.
Ela explica ainda que inicialmente o trabalho contará com os professores para orientar as famílias sobre o procedimento necessário para as ligações provisórias junto à Roraima Energia e Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caerr). Depois, em reuniões com as famílias, será levantada a necessidade de cada uma delas e suas condições financeiras”, completa.
Após a etapa de elaboração dos projetos pelos alunos, que serão supervisionados pelos professores, a meta é organizar um mutirão para construção das casas. “Esse modelo é inovador em Roraima, pois a lei de condomínios é muito nova, e até o momento só foi implantada em áreas de maior poder aquisitivo”, observa.
O professor ressalta que esse será mais um trabalho voltado para atender as famílias carentes que moram em Roraima com ações nas áreas da Engenharia e Arquitetura. “Muitos venezuelanos, haitianos e outros estrangeiros querem ficar em Roraima, seja para poder voltar aos seus países no futuro ou porque gostaram daqui. É importante essas ações no sentido de promover qualidade de vida à população carente. Também é importante deixar claro que não atendemos apenas imigrantes, mas a toda população carente do Estado, com apoio técnico”, destaca.
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