Tempestades, tubarões e naufrágios: conheça 'Frying Pan Tower', o hotel mais perigoso do mundo

24/06/2024

Fonte: O globo Por O Globo — Rio de Janeiro

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Construído em 1964 para ser uma plataforma de serviço da Guarda Costeira dos Estados Unidos, o Frying Pan Tower é considerado por muitos o hotel mais perigoso do mundo. Isso porque a jornada para chegar no lugar já é um desafio por si só: a estrutura fica a cerca de 53 quilômetros de distância da costa da Carolina do Norte, e só pode ser acessada por barco ou helicóptero. Ainda assim, as condições meteorológicas voláteis da área criam condições imprevisíveis mesmo para os mais corajosos.

Anteriormente usado como um farol para orientar embarcações no oceano Atlântico, o hotel fica erguido a 24 metros acima do nível do mar, então, é exposto a ventos fortes, tempestades e até mesmo furacões. Outros elementos que criam uma atmosfera de aventura no lugar são as histórias sobre os muitos naufrágios que ocorreram na região, e o som das ondas em contato com os pilares que sustentam a plataforma, junto é claro, com o balançar de toda a estrutura.

Dentre os atrativos para os hóspedes que escolhem passar uma temporada no Frying Pan Tower, estão a vista direta para o oceano, a chance de conhecer mais sobre o passado do local, e a possibilidade de fazer expedições de mergulho para desbravar a vida marinha abaixo da plataforma, com muitos recifes de corais, peixes coloridos e tubarões. Ao passar por obras de revitalização, o Frying Pan transformou sua estrutura para se tornar mais ecológico, com projetos para revitalizar o ecossistema ao redor da torre.

Sem grandes luxos, o hotel se assemelha a um alojamento militar, e sua rede de energia é alimentada por painéis solares, apesar de ter geradores reservas para certificar o local com aquecimento e ar condicionado, quando necessário.

Ao todo, o hotel conta com oito quartos, cada um recebeu o nome de um farol diferente na Carolina do Norte, e apesar de nem todos terem passado por revitalização, são confortáveis e decorados com peças náuticas, mapas antigos, coletes salva-vidas vintage, rádios e instrumentos usados no passado da torre para aferir condições meteorológicas.

Após ser desativado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos em 2004, o governo estudou transformar a plataforma em um recife artificial, mas mudou de ideia e optou por um leilão. Foi assim que o engenheiro de software Richard Neal arrematou o Frying Pan por cerca de US$ 80 mil, em 2010. Atualmente, o local não tem fins lucrativos, e toda verba recebida é reinvestida em melhorias estruturais.

Como é de se esperar, uma viagem a um destino tão exclusivo não é muito barata, mas segundo depoimentos compartilhados no Instagram oficial do hotel, o investimento de até R$ 8 mil por pessoa vale a pena. O valor contempla dois dias de hospedagem, refeições e o mergulho, mas pode variar dependendo da época do ano e dos serviços adicionais, como o transporte de helicóptero.