Sirenes de alerta soam em Tel Aviv e região central de Israel; ataque aéreo é interceptado

26/09/2024

Fonte: Por g1

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Ao menos um míssil foi identificado cruzando o céu de Israel a partir do Líbano na madrugada desta quarta (25). Líbano também registra ataques israelenses.

Sirenes de alerta soaram em Tel Aviv e em áreas do Centro de Israel na madrugada desta quarta-feira (25), informaram as Forças de Defesa de Israel (FDI) pelo aplicativo Telegram. A cidade de Tel Aviv é o principal centro econômico do país.

De acordo com a agência de notícias Reuters, a mídia israelense relatou uma interceptação por sistemas de defesa aérea sobre a cidade. Depois, a informação foi confirmada pela Defesa israelense. Ao menos um míssil foi identificado cruzando o céu de Israel a partir do Líbano.

Não houve relatos de vítimas até a última atualização desta reportagem. Na região central de Israel, as sirenes de alerta soaram em cidades como Netanya.

Ainda segundo a Reuters, o Hezbollah afirmou nesta quarta que lançou um foguete visando a sede do Mossad (agência de inteligência de Israel), perto de Tel Aviv. Para o grupo extremista, a agência foi responsável por assassinar líderes e por explosões de pagers e walkie-talkies.

Conforme a agência de notícias oficial do governo libanês, Israel realizou bombardeios aéreos nesta quarta em áreas do Sul e do Leste do Líbano. "A planície de Machghara e os arredores de Sahmar e Midoun, no oeste de Bekaa, foram submetidos a um ataque violento."

As Forças de Defesa de Israel informaram que após o ataque libanês, a Força Aérea do país atingiu o local de onde o ataque foi lançado, na área de Nafakhiyeh, no Líbano.

De acordo com a FDI, havia "terroristas operando dentro da infraestrutura". O local armazena armamentos do Hezbollah. "Após o ataque, explosões secundárias foram identificadas, indicando a presença de grandes quantidades de armamentos dentro das instalações atingidas."

Morte de comandante do Hezbollah

 

Na terça-feira (24), um ataque aéreo israelense matou um comandante sênior do Hezbollah que era responsável por mísseis e foguetes do grupo extremista. Ibrahim Qubaisi foi morto em Beirute, capital do Líbano.

A informação da morte de Qubaisi foi confirmada pelo Hezbollah e pelas Forças de Defesa de Israel. Segundo a agência Reuters, duas fontes de segurança no Líbano descreveram o comandante como uma figura importante no grupo extremista — que também tem disparado centenas de mísseis e foguetes contra Israel nos últimos dias.

Segundo o governo do Líbano, 569 pessoas foram mortas e 1.835 ficaram feridas desde que Israel iniciou ataques contra o país, na segunda-feira (23) — dia mais sangrento desde a guerra de 2006. Entre os mortos estão 50 crianças.

O Líbano pediu ajuda dos Estados Unidos para parar o conflito entre Israel e Hezbollah. O grupo extremista, apoiado pelo Irã, tem atuação política e controla algumas regiões do país.

 

Israel 'não deseja' invadir o Líbano

 

Israel "não deseja" realizar uma invasão do território do Líbano, afirmou o embaixador israelense nas Nações Unidas, Danny Danon, nesta terça-feira. A fala ocorreu em meio à escalada de tensões entre Israel e o grupo extremista Hezbollah.

 

"Temos experiência passada no Líbano. Não desejamos iniciar qualquer tipo de invasão naquele território", disse Danon.

 

Israel e Hezbollah trocam agressões desde o início da guerra na Faixa de Gaza, entre israelenses e o grupo terrorista palestino Hamas, aliado do grupo libanês. As tensões se acirraram após explosões de pagers e de walkie-talkies de membros do Hezbollah no Líbano, que deixaram mais de 30 mortos e mais de 3.000 feridos.

Diante de um temor da eclosão de uma "guerra total" entre Israel e Hezbollah, líderes mundiais têm pedido por uma desescalada no conflito, que poderia trazer ainda mais estabilidade ao Oriente Médio. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse à Assembleia Geral da ONU que "uma guerra total não interessa a ninguém". Os EUA são os maiores aliados de Israel.