Presidente afastado da Coreia do Sul será preso até segunda-feira, dizem investigadores
02/01/2025

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Yoon Suk Yeol sofreu impeachment em dezembro por conta de um decreto de lei marcial que restringiu os direitos civis e não está colaborando com as investigações contra ele.
A equipe que investiga a declaração de lei marcial da Coreia do Sul em dezembro anunciou, nesta quarta-feira (1º), que executará a ordem de prisão contra o presidente destituído, Yoon Suk Yeol, até segunda-feira (6), dentro do prazo estabelecido pelo mandado de prisão.
Um tribunal sul-coreano emitiu um mandado de prisão contra Yoon na última segunda (30) após pedido Gabinete de Investigação da Corrupção da Coreia do Sul. O presidente afastado do cargo ignorou três vezes a convocação dos investigadores para testemunhar sobre seu decreto de lei marcial, que restringiu direitos civis, no início de dezembro.
Esta é a primeira vez na história sul-coreana que um presidente em exercício é alvo de um mandado de prisão.
Yoon está sendo investigado por insurreição e sofreu impeachment em 14 de dezembro. Yoon ainda é considerado formalmente como presidente, e sua destituição definitiva do cargo está sendo julgada pelo Tribunal Constitucional sul-coreano, que tem até 6 meses para decidir se acata a decisão do Parlamento.
O chefe do Departamento de Investigação de Corrupção, Oh Dong-woon, disse que a ordem seria executada "dentro do prazo", que termina na segunda-feira, 6 de janeiro.
"Queremos um processo calmo, sem grandes perturbações, mas também estamos nos coordenando para mobilizar a polícia e o pessoal", disse Dong-woon aos repórteres.
Até o momento, os serviços de segurança do presidente não cooperaram com os investigadores e os impediram de revistar as dependências de Yoon.
A equipe jurídica de Yoon garantiu que a ordem de prisão é "ilegal e inválida" e entrou com recurso exigindo sua anulação.
Presidente interino nomeia 2 juízes do Tribunal Constitucional
O presidente interino Choi Sang-mok nomeou na terça-feira (31) dois juízes para o Tribunal Constitucional, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap. O ato atendeu parcialmente à demanda da oposição de preencher três vagas na corte antes de uma decisão sobre o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol.
Agora, oito das nove cadeiras estão preenchidas no tribunal que decidirá o futuro de Yoon.
O Tribunal Constitucional também decidirá o futuro de Han Duck Soo, presidente interino antecessor de Sang-mok que também sofreu impeachment, em 28 de dezembro. Duck Soo foi destituído por não indicar os três juízes para julgar o impeachment de Yoon.
Durante uma reunião do gabinete, Choi afirmou ter decidido nomear Jeong Gye-seon, um juiz recomendado pelo principal partido de oposição, o Partido Democrata (DP), e Cho Han-chang, recomendado pelo partido governista, o Partido do Poder Popular (PPP). No entanto, ele adiou a nomeação do outro juiz recomendado pela oposição, Ma Eun-hyuk, até que as partes rivais cheguem a um acordo.
"Decidi nomear os juízes do Tribunal Constitucional devido à necessidade de acabar com a incerteza política e os conflitos sociais o mais rápido possível, além de evitar uma possível crise na economia e nos meios de subsistência das pessoas", disse Choi.
Pela lei sul-coreana, ao menos seis votos são necessários para sustentar uma moção de impeachment, o que significa que a nomeação de três juízes adicionais pode aumentar as chances de que o impeachment de Yoon seja confirmado.
No momento em que Yoon teve seu impeachment aprovado pelo Parlamento, apenas seis das nove cadeiras do Tribunal Constitucional estavam ocupadas. É possível a votação de processos no tribunal com essa quantidade de magistrados, mas acredita-se que a corte prefira decidir sobre um tema delicado como esse com a bancada cheia.
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