Líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen fica inelegível após condenação por desvios de fundos da UE
01/04/2025

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Sentença, a ser definida, pode impedir ela de concorrer à presidência do país em 2027.
O Tribunal de Paris considerou a líder da extrema-direita na França, Marine Le Pen, e outros oito eurodeputados de crime por desvio em fundos públicos da União Europeia. As sentenças são debatidas, mas já se sabe que ela está impedida de concorrer à presidência do país em 2027. No momento, ela lidera as pesquisas.
O juiz principal do caso afirmou apenas que ela estaria impedida de se candidatar, porém o tempo ainda não foi revelado. Entretanto, a medida tem efeito imediato.
Outros doze assistentes julgados também no processo foram considerados culpados de uso de bens roubados. Segundo o tribunal, o dano total teria fica em torno de € 2,9 milhões (em torno de R$ 18 milhões).
Le Pen e 24 outros colegas do seu partido, o Reagrupamento Nacional, são acusados de desviar dinheiro de assessores do Parlamento Europeu para pagar a quem trabalhava para o partido na época. Isso teria ocorrido em um período de quatro anos.
O caso inicialmente foi analisado pela polícia local, que depois enviou à Justiça. O procurador do Estado que fechou o processo, em novembro do ano passado, pediu pena de 10 anos de prisão, um impedimento de concorrer à cargos públicos durante cinco anos, além de uma multa de € 300 mil.
Ainda não se sabe se os três juízes vão seguir a proposta do procurador, entretanto, de acordo com a imprensa francesa, a expectativa é que isso ocorra.
Os culpados negam as acusações. Eles afirmam que teriam usado dinheiro de forma legítima e que tudo estaria dentro do escopo do que fazem os assistentes parlamentares.
O juíz Benedicte de Perthuis, no entanto, discordou em sua sentença:
'As investigações também mostraram que esses não foram erros administrativos… mas apropriação indébita na estrutura de um sistema estabelecido para reduzir os custos do partido'.
Ainda não se sabe quais ou quantas pessoas receberam o dinheiro. Entretanto, de acordo com o processo, entre elas estão uma assistente pessoal de Le Pen e um guarda-costas.
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