Governo Trump demite funcionários e caça visto de críticos de ativista Charlie Kirk; brasileiro teve entrada proibida

16/09/2025

Fonte: Por g1Por Associated Press

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Ativista do movimento conservador dos Estados Unidos foi assassinado na semana passada durante evento com estudantes em universidade em Utah. Médico brasileiro teve visto americano revogado após comemorar morte de Kirk nas redes sociais.

Após anos de queixas da direita sobre a “cultura do cancelamento” promovida pela esquerda, o governo de Donald Trump iniciou uma série de retaliações a críticos do ativista conservador Charlie Kirk, que foi assassinado na semana passada.

A campanha, realizada também por ativistas da direita norte-americana, mira empresas, funcionários públicos, educadores, veículos de imprensa, rivais políticos e outros acusados de promover discursos de ódio.

Charlie Kirk, um influenciador republicano de 31 anos aliado do presidente dos EUA, Donald Trump, morreu na quarta-feira (10) após ser baleado no pescoço enquanto falava em um evento na Universidade Utah Valley.

No fim de semana, o médico brasileiro Ricardo Barbosa teve seu visto de entrada nos EUA revogado por um comentário nas redes sociais elogiando o atirador que matou Kirk. Em resposta, o vice-secretário de Estado norte-americano, Christopher Landau, anunciou que pediu a revogação do visto de Barbosa.

O brasileiro disse, ao comentar uma publicação no Instagram: "um salve a este companheiro de mira impecável. Coluna cervical", em referência ao atirador.

 

Além do médico brasileiro, o governo e apoiadores demitiram servidores públicos, professores, um funcionário de uma loja de departamentos e um comentarias de TV.

 

 

  • Companhias aéreas americanas como American Airlines, Delta e United também afastaram funcionários por comentários feitos nas redes sociais sobre o assassinato de Kirk. O secretário de Transportes do governo Trump, Sean Duffy, disse no final de semana que "esse comportamento é repugnante. e eles [funcionários afastados] deveriam ser demitidos";
  • A senadora Marsha Blackburn, republicana do Tennessee, pediu nas redes sociais pela demissão de um reitor assistente da Universidade Middle Tennessee e de professores da Universidade Austin Peay e Cumberland — os três acabaram demitidos por comentários considerados inapropriados. Um deles disse que Kirk "deu voz ao seu destino";
  • Pelas redes sociais, usuários também têm apontado e criticado pessoas pessoas que expressaram simpatia pela morte de Kirk, como a atriz Kristin Chenoweth;

O subsecretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, afirmou nas redes sociais que "estrangeiros que glorificam a violência e o ódio não são visitantes bem-vindos em nosso país".

 Trump sugeriu no domingo (14) que já estava usando o governo para investigar seus adversários políticos quando questionado se seu governo lançaria investigação sobre a morte do ativista.

 

“Eles já estão sob grande investigação, muitas das pessoas que você tradicionalmente diria que estão à esquerda”, disse Trump a repórteres.

 

Enquanto políticos e influenciadores conservadores exaltam Charlie Kirk como um defensor da liberdade de expressão, eles também estão defendendo as retaliações aos discursos de ódio.