EUA e Israel consideram inaceitáveis exigências do Hamas na proposta de cessar-fogo mediada pelo governo americano
02/06/2025

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O grupo aceitou libertar 10 reféns vivos e entregar 18 corpos – mas quer fazer isso em cinco etapas, em vez das duas previstas no plano americano.
O grupo terrorista Hamas respondeu à proposta de cessar-fogo do governo americano para Faixa de Gaza. Mas fez exigências. Tanto os Estados Unidos quanto Israel consideraram as demandas totalmente inaceitáveis.
No início da noite em Gaza, o Hamas submeteu uma proposta revisada aos Estados Unidos, que tentam mediar o conflito. O grupo aceitou libertar 10 reféns vivos e entregar 18 corpos – mas quer fazer isso em cinco etapas, em vez das duas previstas no plano americano.
As etapas seriam as seguintes:
- Quatro reféns vivos no primeiro dia da trégua de 60 dias – ainda sem data para começar.
- Dois reféns vivos no trigésimo dia.
- E no último dia do acordo de dois meses, mais quatro reféns vivos seriam libertados.
- Os restos mortais de 18 israelenses seriam entregues em dois dias diferentes.
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Em troca, mais de mil prisioneiros palestinos seriam soltos. E um fluxo maior de ajuda humanitária seria garantido, por meio das Nações Unidas, para as famílias palestinas.
O Hamas voltou a exigir a retirada completa das tropas israelenses de Gaza e um cessar-fogo permanente – que, nos termos do grupo terrorista, teria que ser negociado até o fim da trégua de 60 dias.
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Condições que não estavam previstas na proposta do enviado de Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff – já aceita por Israel durante a semana. Nas redes sociais, Witkoff disse que a contraproposta do Hamas é totalmente inaceitável. E que um cessar-fogo de 60 dias só vai ser possível se o Hamas devolver metade dos reféns vivos e metade dos reféns mortos.
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O Hamas afirmou que a posição de Witkoff é favorável a Israel. Já o governo israelense acusou o grupo de rejeitar a proposta americana. E prometeu continuar as ações para derrotar o inimigo e libertar os reféns. 58 permanecem em cativeiro. 35 estariam mortos.
Em Tel Aviv, parentes e amigos pediram neste sábado (31) a volta de todos e o fim da guerra. Enquanto isso, a ONU afirmou que a situação em Gaza é a mais catastrófica desde o início da guerra.
Só 30 caminhões de ajuda chegaram neste sábado (31) ao enclave. Antes do atual conflito, cerca de 500 entravam por dia. O Unicef, fundo da ONU para a infância, disse que mais de 50 mil crianças palestinas foram mortas ou ficaram feridas desde outubro de 2023. É uma criança a cada 20 minutos.
No norte de Gaza, o último hospital ainda em funcionamento fechou as portas neste sábado (31) . Pacientes e funcionários foram retirados depois que tropas israelenses cercaram o local.
Só nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, bombardeios israelenses mataram 60 palestinos e feriram outros 284.
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