Bairro inteiro de Gaza é destruído após ataques; hospital recebe ordens de esvaziamento
23/10/2023

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Mais de 20 blocos de apartamentos foram arrasados durante a noite de sexta-feira (20/10) no bairro de al-Zahraa, no centro de Gaza.
Os contínuos ataques aéreos israelenses em Gaza destruíram a maior parte de um bairro localizado no centro do enclave. Autoridades do ministério da saúde administrado pelo Hamas dizem que o número total de mortos em toda a região aumentou para mais de 4.300 pessoas.
Mais da metade dos mortos são mulheres e crianças, afirma o ministério.
Cerca de 1,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados, com mais de meio milhão de pessoas em 147 abrigos da ONU, afirma a própria organização.
Neste sábado (21/10), caminhões com doações de alimentos, medicamentos e outros itens básicos começaram a entrar na Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito.
Os contínuos ataques aéreos israelenses em Gaza destruíram a maior parte de um bairro localizado no centro do enclave. Autoridades do ministério da saúde administrado pelo Hamas dizem que o número total de mortos em toda a região aumentou para mais de 4.300 pessoas.
Mais da metade dos mortos são mulheres e crianças, afirma o ministério.
Cerca de 1,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados, com mais de meio milhão de pessoas em 147 abrigos da ONU, afirma a própria organização.
Neste sábado (21/10), caminhões com doações de alimentos, medicamentos e outros itens básicos começaram a entrar na Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito.
Israel cortou o fornecimento de combustível, eletricidade e água a Gaza depois que o braço militar do Hamas invadiu a fronteira com Israel, matando mais de 1.400 pessoas e fazendo mais de 200 reféns.
O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) disse que "bombardeios intensivos" continuavam em Gaza, assim disparos indiscriminados de foguetes contra centros populacionais israelenses" de grupos armados palestinos.
Funcionários da ONU descrevem a situação em Gaza como catastrófica. Já o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, disse que as condições humanitárias em Gaza estavam “sob controle”.
A maior parte do bairro de Al-Zahraa foi destruída
Os últimos ataques aéreos israelenses destruíram o bairro de al-Zahraa, no centro de Gaza. Mais de 20 blocos de apartamentos foram arrasados durante a noite de sexta-feira (20/10).
Imagens e vídeos postados nas redes sociais mostraram nuvens de fumaça subindo acima do bairro e fileiras de prédios destruídos ao longo de ruas repletas de escombros.
Moradores disseram à BBC que não esperavam o bombardeio porque a área estava relativamente calma. Eles disseram que foram instruídos a evacuar na noite de quinta-feira, por volta das 20h30, no horário local.
"Corremos pelas ruas. Então Israel começou a bombardear esta área sem parar, das 21h às 7h desta manhã", disse uma mulher à BBC na sexta-feira.
O bombardeio deixou milhares de pessoas sem ter para onde ir. Na sexta-feira, outro morador disse à BBC que pessoas ainda estavam presas sob os escombros de suas casas.
Ordens para esvaziar hospital
No norte de Gaza, a organização humanitária Crescente Vermelho disse que as forças israelenses ordenaram a evacuação do hospital Al-Quds.
O hospital abriga atualmente mais de 400 pacientes e 12 mil civis deslocados, segundo a instituição.
A Crescente Vermelho apelou à “comunidade internacional para agir com urgência”.
Um grupo de médicos, Médicos pelos Direitos Humanos de Israel, disse ter apresentado uma petição ao Supremo Tribunal israelense alertando que o hospital Al-Quds não poderia ser esvaziado.
“Na sua resposta, o Estado anunciou que não atacaria o hospital por enquanto”, disse o grupo, que afirmou que um ataque ao local poderia colocar civis em perigo, representar uma violação do direito internacional e causar danos aos serviços médicos.
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