Análise: Como o Pix, agora na mira de Trump, pisou no calo de Zuckerberg
17/07/2025

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Desenvolvido pelo Banco Central em parceria com o setor privado, o popular sistema de pagamentos instantâneos afeta pelo menos dois grupos de interesses americanos — as “big techs” e as bandeiras de cartões
Poucas coisas têm sido tão capazes de unir o Brasil, nos últimos anos, como o Pix. Adorado pela população, o meio de pagamento instantâneo agora é alvo da investigação aberta pelos EUA sobre supostas práticas comerciais “desleais” brasileiras. Não é difícil entender as razões do incômodo.
O Pix, desenvolvido pelo Banco Central (BC) em parceria com o setor privado, resvala em pelo menos dois grupos de interesses americanos — as “big techs” e as bandeiras de cartões. Outra questão está relacionada à forma como o sistema foi concebido.
O comunicado do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), é vago e sequer menciona o Pix, mas deixa pistas. De acordo com o documento, o Brasil “pode prejudicar a competitividade de empresas americanas” que atuam nos setores de comércio digital e pagamentos eletrônicos “por exemplo, retaliando-as por não censurarem o diiscurso político ou restringindo sua capacidade de fornecer serviços no país”.
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