Últimas notícias de coronavírus de 5 de abril

05/04/2020

Número de mortes cai pelo terceiro dia seguido na Espanha e é o mais baixo nos últimos 10 dias. No Reino Unido, rainha Elizabeth II grava mensagem à nação.

COMPARTILHE

Homem caminha com cachorro em rua de Madrid durante quarentena, neste domingo (5) — Foto: Juan Medina/Reuters

O número de mortes por coronavírus na Espanha caiu neste domingo (5) pelo terceiro dia seguido, com 674 vítimas em 24 horas, elevando o saldo total para 12.418 pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde. Apesar da alta, foi o menor número de mortos nos últimos 10 dias. O país é o segundo com mais vítimas, atrás apenas da Itália.

E com as severas medidas de isolamentos impostas em março e prorrogadas até 12 de abril, Madri já respira um ar mais limpo, de acordo com imagens publicadas em vídeo pela agência Reuters. As medidas restringiram a atividade econômica, inclusive o transporte rodoviário, e deixaram o ar da cidade mais claro.

No Reino Unido, a rainha Elizabeth II gravou uma mensagem dirigida à nação que será transmitida nesta noite, na qual pede aos britânicos que superem o tempo de "dor" e "enormes mudanças" que a nova pandemia de coronavírus trouxe.

PANDEMIA: veja quais países já registraram casos da doençaGUIA ILUSTRADO: sintomas, transmissão e prevençãoCORONAVÍRUS: veja perguntas e respostasSÉRIE DE VÍDEOS: coronavírus, perguntas e respostas

Em um fragmento de seu discurso adiantado pelo Palácio de Buckingham, a soberana britânica de 93 anos admite que a doença está causando sofrimento entre os cidadãos pela perda de vidas, bem como "dificuldades financeiras para muitas e enormes mudanças diárias na vida de todos". O Reino Unido tem, até o momento, 4,3 mil mortos e quase 42 mil infectados pelo coronavírus.

As últimas notícias deste domingo:

Índia tem mais de 3,5 mil contaminados em seu territórioIrã se aproxima dos 60 mil infectados, mas revê proibição de trabalho Alemanha registra 184 novas mortes por Covid-19Singapura tem aumento de 60% no número de casos diáriosJapão tem 130 novos casos só em Tóquio e liga sinal de alertaChina registra aumento no número de casos Número de mortes na Holanda aumenta 115 e chega a 1.766Trump fala sobre a polêmica envolvendo a produção e compra de máscarasCanadá registra aumento no número de mortes Etiópia tem primeira morte pela doença registradaQuase 20 milhões de empregos em risco na África

Na França

Para contornar a falta de remédios provocada pela epidemia de coronavírus, a França autorizou o uso de um anestésico de cavalos em doentes graves, internados em UTIs. A autorização para a utilização de dois medicamentos à base de propofol foi publicada no Diário Oficial de sexta.

A Agência Nacional de Segurança de Medicamentos (ANSM) disse que a medida é necessária porque a demanda mundial por anestésicos explodiu com a pandemia de coronavírus e os estoques do país estão muito baixos.

Papa Francisco

Durante a tradicional missa de Domingo de Ramos, o Papa Francisco disse aos jovens para não terem medo de colocarem suas vidas em risco para os outros durante a pandemia. O Papa falou na frente de apenas alguns padres e freiras. Francisco chamou de "verdadeiros heróis" os que estão se doando para servir o outro. A missa de Domingo de Ramos abre a semana santa que culmina com a Páscoa no próximo domingo, dia 12 de abril.

Crise no Equador

No Equador, onde há 172 mortes, empresas de serviço funerário se recusam a receber corpos de pessoas que morreram por causa da Covid-19. Os parentes, com medo de serem infectados, deixam os corpos na rua. Veja um relato de uma família.

Pelo mundo

País mais atingido pelo coronavírus no mundo, os Estados Unidos têm no estado de Nova York o epicentro do problema. Foram registradas 594 mortes nas últimas 24 horas na região, chegando a um total de 4.159. Mais de 2,5 mil foram registradas só na cidade de Nova York.

Os casos de Covid-19 no Canadá subiram de 12.924 para 14.426 nas últimas 24 horas. O número de mortes passou de 211 para 258, de acordo com a agência pública de saúde da região.

A Índia confirmou 302 novos casos da doença, para um total de 3.588 infectados. São 99 mortes, duas registradas nas últimas 24 horas. O país está em isolamento total desde o último dia 24 de março. O bloqueio vai durar 21 dias. São 229 recuperados, de acordo com a universidade Johns Hopkings.

No Irã, atividade de "baixo risco" econômico serão retomadas a partir do dia 11 de abril. O governo está preocupado em conter os avanços da doença sem destruir uma economia que já estava prejudicada com sanções. Já as atividades de "alto risco", como escolas, universidades e eventos culturais terão a quarentena estendida ao menos até o dia 18 de abril. São 3.603 mortes e 58.226 infectados.

Na Alemanha, o número de mortes por coronavírus aumentou para 1.342, informou a agência de controle e doenças do país, o Instituto Robert Koch. Foram 184 vítimas a mais nas últimas 24 horas e novos 5.934 casos. Agora, a Alemanha possui 91.714 casos de coronavírus.

A Grécia colocou em quarentena uma segunda instalação de migrantes depois que um homem de 53 anos testou positivo. O afegão vive com sua família no campo de Malakasa junto com centenas de requerentes de asilo. Ele foi transferido para um hospital em Atenas.

Singapura bateu o recorde diário de registro de infecções com 120 novos casos. O número representa um aumento de 60% em relação aos 75 casos relatados no dia anterior, de acordo com informações do Ministério da Saúde local. São seis mortes e 1.309 contaminados.

Na Argentina, idosos, o grupo mais vulnerável a complicações causadas pelo Sars-Cov-2, se aglomeraram em longas filas na sexta para sacar os valores da aposentadoria. O país está em confinamento compulsório. A sexta foi o primeiro dia em que o banco abriu desde 20 de março. Só serviços essenciais como lojas de comida ou serviços de saúde estavam funcionando.

No Japão, autoridades confirmaram 366 novos casos do novo coronavírus. Destes, 130 foram registrados só em Tóquio. Já são 88 mortes, uma registrada nas últimas 24 horas. São quase 4 mil casos já identificados.

As autoridades japonesas informaram ainda que planejam aumentar sua produção do Avigan, um medicamento em teste para tratar a Covid-19. Essa medida será financiada pelo novo plano de estímulo econômico preparado pelo executivo japonês, cuja aprovação no parlamento japonês está prevista para a próxima semana, segundo o jornal japonês Nikkei.

Na Coreia do Sul, foram registrados 81 novos casos de coronavírus, elevando o total nacional para 10.237. Mais seis pessoas morreram por causa da doença, elevando o número de vítimas para 183.

A China continental registrou 30 novos casos. Número acima dos 19 do dia anterior, com o aumento do número de casos envolvendo viajantes estrangeiros e de transmissões locais. A Comissão Nacional de Saúde disse em comunicado que 25 dos casos relatados no sábado envolveram aqueles que entraram no país do exterior.

Quase 20 milhões de empregos correm risco na África, tanto nos setores formais como informais, se a pandemia persistir por muito mais tempo, de acordo com estudo feito pela União Africana. Já uma crise econômica na região, com queda de preços de petróleo commodities, além de diminuição do turismo.

A Albânia registrou novos 28 casos de Covid-19 em seu território, depois de entender que o distanciamento social não foi respeitado pela população. São 361 infectados e 20 mortes. Três precisam de ajuda para respirar nas últimas horas e 104 já se recuperaram.

A Etiópia registrou sua primeira morte relacionada ao novo coronavírus. Uma mulher de 60 anos, que estava em tratamento em um hospital desde o dia 31 de março, de acordo com a ministra da saúde Lia Tadesse. São 43 casos confirmados.

Guerra' de máscaras

Nos Estados Unidos, o número de vítimas passou de 8.500, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins. São mais de 312 mil infecções por coronavírus até às 8h20 deste domingo.

O presidente Donald Trump disse que as próximas semanas serão "muito difíceis" e que haverá mais mortes no país. Desesperado por máscaras de proteção, em falta no mundo todo, adiantou que não quer "outros conseguindo" os equipamentos de saúde. Países da Europa acusaram os EUA de 'desviar' os equipamentos.