Queiroga critica 'demagogia vacinal' e diz que 'vai faltar dose' se estados não seguirem plano do governo federal
25/08/2021

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Adolescentes e dose de reforço são pontos de atrito entre Ministério da Saúde e estados. No caso das pessoas entre 12 e 17 anos, governo ainda não indica, mas algumas capitais já começaram a aplicar.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (25) que é preciso defender a "soberania" do Programa Nacional de Imunização (PNI), e alertou que estados e municípios devem seguir as orientações da pasta para definir quais os públicos que devem ser vacinados no atual momento da pandemia de Covid.
Os dois pontos de atrito entre o governo federal e estados são a vacinação de adolescentes, que já começou em algumas capitais apesar de ainda não haver orientação do PNI, e o público alvo da dose de reforço.
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"Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde não vai ter condição de entregar doses de vacinas. Se for diferente, vai faltar dose mesmo. Não vale ir para a Justiça (...) juiz não vai assegurar dose que não existe", disse Queiroga.
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"Se a gente decide que os profissionais de saúde não são prioridade (para a dose de reforço), não adianta uma demagogia vacinal dizer que vai aplicar", disse Queiroga.
Polêmica sobre público alvo do reforço
O alerta do ministro ocorre no mesmo dia em que o governo federal anunciou quais serão os primeiros públicos que devem receber a dose de reforço no país:
idosos com mais de 70 anos que completaram o esquema vacinal há mais de seis mesespessoas com baixa imunidade (imunossuprimidos) que tomaram a segunda dose há ao menos 28 dias
Após o governo anunciar a faixa etária dos idosos e que indica a vacinação de idosos acima de 70 anos, o estado de São Paulo informou que vai começar o reforço em 6 de setembro em idosos com mais de 60 anos.
Disputa sobre vacinação de adolescentes
Outra polêmica na relação entre governo federal e estados é em relação aos adolescentes. No fim de julho, o Ministério da Saúde definiu que irá vacinar adolescentes de 12 a 17 anos contra Covid-19 depois que toda a população de 18 anos ou mais receber ao menos uma dose de imunizante.
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Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação em adolescentes ocorrerá da seguinte maneira:
o público-alvo será adolescentes de 12 a 17 anos;os primeiros a serem vacinados serão os adolescentes com comorbidades; na sequência, os demais;para começar a vacinação, contudo, os estados e municípios precisam terminar de vacinar, com pelo menos uma dose, toda a sua população adulta;
A expectativa do Ministério da Saúde é que a vacinação dos adultos com uma dose termine até a metade de setembro. Entretanto, já há capitais vacinando esse público alvo.
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