Migrantes venezuelanos ficam sem banheiros e até água potável após Trump cortar verba de fundo: 'Única coisa que tínhamos'

29/01/2025

Fonte: Por Yara Ramalho, Valéria Oliveira, g1 RR — Boa Vista

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Corte de verbas impactou projeto que ofertava gratuitamente serviços de banheiro, lavanderia e água para migrantes em Boa Vista e Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, onde espaços foram fechados por tempo indeterminado.

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender o repasse de fundos destinados à ajuda humanitária em outros países impactou a rotina de migrantes venezuelanos que vivem em Roraima. Três instalações sanitárias que ofereciam serviços gratuitos no estado foram fechadas por tempo indeterminado. Com isso, várias pessoas em situação de vulnerabilidade não tem como tomar banho, usar o banheiroescovar os dentes e até beber água potável.

As instalações fechadas eram administradas pela Cáritas Brasileira e financiadas pelo governo americano, por meio do Escritório de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM). Os serviços nos espaços foram suspensos por tempo indeterminado à pedido do financiador, informou a Cáritas.

O PRM também era um dos financiadores da Organização Internacional para as Migrações (OIM), agência da ONU que também paralisou atividades em razão da medida do governo americano.

 

"Diante deste cenário, reafirmamos nosso compromisso para o diálogo constante com os responsáveis do governo norte-americano e parceiros envolvidos, buscando compreender os desdobramentos desta nova situação", disse Cáritas, que é ligada à igreja Católica.