Quem dorme tarde tende a se viciar mais em redes sociais? Pesquisa alerta para dependência entre jovens
05/11/2025

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Estudo de universidades do Reino Unido mostram que pessoas notívagas são mais propensas a desenvolver vícios relacionados ao celular. Sentimento de solidão e ansiedade podem estar por trás dessa relação.
Pessoas com hábitos noturnos são mais propensas a se viciar no uso de redes sociais, algo que traz inúmeras consequências negativas. Isso é o que mostrou um novo estudo publicado na revista científica "PLOS One".
➡️Os pesquisadores da Universidade de Portsmouth e da Universidade de Surrey, ambas no Reino Unido, resolveram investigar a possível relação entre os notívagos (pessoas que preferem ficar acordadas até tarde) e o uso problemático da tecnologia.
A análise revelou que a solidão e a ansiedade são os principais fatores mediadores dessa relação.
Anna-Stiina Wallinheimo, pesquisadora da Escola de Psicologia, Esporte e Ciências da Saúde da Universidade de Portsmouth, explica que o estudo aponta para um ciclo vicioso.
"Jovens adultos naturalmente mais ativos à noite frequentemente se veem fora de sintonia socialmente, o que pode gerar solidão e ansiedade. Muitos recorrem então aos smartphones e às redes sociais para lidar com isso", comenta Wallinheimo.
Ela ainda pondera que, apesar das redes parecerem uma alternativa para fugir da solidão, a tendência é que essas ferramentas piorem o problema.
De acordo com os pesquisadores, análises anteriores já mostravam que notívagos são mais vulneráveis ao uso problemático da tecnologia, mas pouco se sabia sobre os motivos por trás da associação desses dois fatores.
"Esses jovens não usam tecnologia apenas porque ela está disponível. Eles usam para tentar aliviar o desconforto emocional", acrescenta a pesquisadora.
Problema entre jovens
Para o estudo, os pesquisadores entrevistaram 407 jovens adultos entre 18 e 25 anos. Foram utilizados "instrumentos psicológicos validados" para investigar como a preferência circadiana (ou seja, o horário que iam dormir) se relaciona com uma possível dependência de redes sociais.
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