Regina Casé, Adriana Esteves e Taís Araujo comentam dores e delícias da maternidade

24/11/2019

Atrizes retornam à TV como protagonistas de 'Amor de Mãe', a nova novela das 9 Por Gshow — Rio de Janeiro

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Quando um filho nasce, a vida ganha novo sentido. Essa transformação ocorre a partir do momento em que a mulher se descobre mãe. E a maternidade pode bater à porta sem, necessariamente, a experiência do parto. No fundo, mãe é tudo igual: se preocupa se está levando casaco, pergunta se já comeu, quer saber com quem o filho vai sair, que horas vai voltar...

Criar e educar não é tarefa fácil. Não importa a classe social, se é anônima ou estrela da novela das 9. A maternidade tem suas dores e delícias, e Regina Casé, Adriana Esteves e Taís Araujo, protagonistas de Amor de Mãe, no ar a partir de segunda-feira, 25/11, sabem disso:

"Hoje sou uma mãe muito melhor para o Bento do que fui para a Benedita, quando eu tinha muitos medos e inseguranças. Ficava apavorada. Acho que ser mãe mais velha é bem mais legal”, assumiu Regina.

“Eu sou protetora. Não sei se excede o normal, de invasão de liberdade do próximo. Eu procuro não invadir a liberdade do crescimento deles. Cuido e cobro", ponderou Adriana.

"Maternidade é uma loucura mesmo. Não adianta você ler 350 mil livros sobre isso. É a demanda que vai te fazer exercitar esse papel, é o que a vida traz para você. E a gente aprende vivendo. Isso é muito bonito da maternidade, entender que não adianta acelerar processos", concluiu Taís.

Thelma (Adriana Esteves), Lurdes (Regina Casé) e Vitória (Taís Araujo) são as protagonistas de 'Amor de Mãe' — Foto: Globo

"Sempre digo que amor de mãe é uma droga poderosíssima, que você pode ver e sentir coisas que não sentia antes." [Regina Casé]

"Sou uma mãe completamente comum, igual a todas. Sou uma apaixonada, que protege, que quer o melhor para os filhos, que luta por educação, que acredita que esse é o melhor caminho." [Adriana Esteves]

“Eu sempre fui uma manteiga, mas fiquei mais sensível em determinados temas depois que tive filhos. Parece que a maternidade tirou um véu dos meus olhos. Você tem mais medos, te impulsiona a trabalhar, a gente pensa mais no que fazer para melhorar.” [Taís Araujo]

Mãe do coração

Regina se tornou mãe pela segunda vez quando sua filha já tinha 23 anos. Atualmente com 6, Bento chegou na família Casé aos cinco meses de vida. A atriz e apresentadora contou que se surpreendeu com a ligação que criou com o filho em tão pouco tempo:

"Ser uma mãe por adoção é o contato direto com o mistério. É como colocar um plug no sagrado. Não conhecia aquela pessoa um dia e, no outro, o amava tanto quanto amo a Benedita. É igual. Achava que seria uma construção, mas não foi. É um troço estranho que vem de um lugar maluco”.

"Meu filho está numa fase difícil, acha que tem 16 anos, mas só tem 6. Eu quase morro. Outro dia, ele sumiu no churrasco da Mangueira e voltou dizendo que tinha ido ao banheiro. Perguntei por que ele não me chamou e respondeu que não queria ir no de mulher".

Culpa por dupla jornada?

Assim como boa parte das mulheres da nossa sociedade, Taís fica naquele dilema entre trabalhar e cuidar dos filhos sem se culpar. Para dar conta de sua agenda profissional atribulada, a atriz conta com a ajuda do marido, Lázaro Ramos, e de sua mãe:

"A gente passa muito mais tempo no trabalho do que com a família. Me cobro muito sobre isso. Eu controlo tudo. Sou uma chata. Mas para trabalhar, tenho uma mãe completamente disponível para os meus filhos. Ela está lá todo dia. Se eu ou o Lázaro não estamos em casa para levar os filhos para escola, é ela que leva. A gente só consegue trabalhar porque temos uma família para nos ajudar".

"Eu também chego em casa morta, tem criança vindo brincar, mas você tem que estar ali. Não adianta. Essa novela tem me feito pensar tanto. Agora, com a trama, mais Popstar... Quem tem que se sacrificar sou eu. Acordar às 6h para me arrumar e poder arrumá-los para a escola, talvez seja o único momento com eles".

"É um sacrifício, mas escolhi ser mãe de dois filhos, então se alguém tem que sacrificar, sou eu. Vai respingar neles? Vai! Até quando vai durar dormir de 2h às 6h? Não sei, mas enquanto eu conseguir fazer esse sacrifício, eu topo."

Empatia feminina

Uma das certezas que a maternidade trouxe para Adriana foi de que as mãe se reconhecem e que a sororidade entre as mulheres com relação aos filhos é algo muito forte. Uma espécie de pacto silencioso que mostra que elas estão de mãos dadas na vida:

"Sempre que uma mãe faltar, sempre tem uma outra que vai dar a mão e acolher seu filho. Eu tenho certeza absoluta disso".

Adriana lembra que, assim que seu primeiro filho nasceu, sempre que ia em um local público sentia necessidade de cuidar de alguma criança que não tivesse a mãe perto. Tal sentimento jamais passou:

"Todas vez que vejo uma criança perdida, em qualquer lugar que eu esteja, sempre falo para o Vlad: 'Segura os meninos que eu não vou sair de perto dessa criança enquanto a mãe dela não aparecer'”.

"Tenho certeza absoluta que todas as mães fazem isso. É uma das coisas mais lindas da vida, não só o amor da mãe pelo seu filho. É a cumplicidade que nós, mães, temos. A gente não precisa se conhecer. Qualquer mãe, de qualquer país, qualquer lugar."

Conselhos para mães, por Taís e Adriana

"Trabalho um dia vai deixar de ser trabalho, o filho nunca vai deixar de ser filho. Não é uma questão de menos comprometimento, ou menos trabalho, é de equilíbrio. Aquilo que você planta, vai colher mais tarde", alertou Taís.

"É clássico isso, mas a melhor forma de a gente educar é pelo exemplo, ser honesto, íntegro, batalhador, e que muitas vezes precisa se ausentar dos filhos – claro que sempre sabendo de tudo, cuidando – mas acho que é muito rico para a criação", afirmou Adriana.

Ser avó é... por Regina!

“Nem queira saber! Você fica apaixonada pelo neto e pela sua filha. Vê-la virar mãe é uma maravilha. Não sou do tipo de avó que deseduca, que dá doces escondidos, sou firme e brinco muito com ele."

"A gente tem uma caverna feita de cobertores, brinco que ali só tem os bichos que saem de noite e ele fala que vai colocar a zebra na caverna. Eu digo que não e, três dias depois, ele aparece dizendo que vai colocar a zebra na caverna."

"A gente tem uma relação de brincadeira e proximidade muito grandes."