Luiza Brunet relembra título de símbolo sexual: ‘Nunca me senti esse avião todo’

26/11/2019

Modelo diz que rótulo é coisa do passado e que hoje gosta de ser ativista

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Luiza Brunet não se deu conta, mas ela já circula pelo mundo da moda há quatro décadas. Aos 57 anos, a modelo conta que coisas mudaram muito de 1979 para cá. “Eu mesma fazia minha maquiagem. As relações eram mais humanizadas indústria”, diz ela. “Meu corpo se transformou, mas todos evoluímos de alguma formas. A visão da vida e os valores são outros. Essa revolução é importante para uma mulher que foi exemplo de beleza. Precisamos nos adaptar ao tempo. É bom estar feliz e bem no presente. E é exatamente assim que me sinto hoje.”

Ícone da moda e do carnaval carioca, Luiza virou símbolo sexual na década de 1980 ao estrelar campanhas abusadas para as marcas Pool e Dijon. “Mas ostentar o título de sex symbol é coisa do passado. À época, era normal para mim lidar com esse rótulo. Mas nunca me senti esse avião todo. Na verdade, era menina de 18 anos casada e tranquila. O que me dá orgulho hoje é o ativismo.”

A modelo assumiu seu lado ativista dos direitos das mulheres depois de ser agredida nas redes sociais ao denunciar o ex-marido, o bilionário Lírio Parisotto, em 2016, por agressão doméstica. “Fui chamada de vagabunda e golpista por outras mulheres. E eu não sou isso que dizem de mim por aí. No fim, agradeço a todas a tortura que fizeram comigo. Criei a coragem necessária para falar sobre esse assunto tão grave e urgente.”